PROGRAMA IST DE SEGURANÇA DE TRÂNSITO

O Programa IST de Segurança de Trânsito tem uma abordagem em cinco eixos essenciais para a melhoria da qualidade de vida da população: 

  1. Preservação ambiental e proteção
  2. Competitividade econômica
  3. Mobilidade saudável
  4. Mobilidade universal
  5. Mobilidade segura

Em cada um desses eixos a abordagem do Programa propõe e promove ações que envolvem a população e o aparelho estatal num esforço conjunto.

Ações de proteção do meio ambiente

  • Reduzir a poluição atmosférica
  • Reduzir os ruídos
  • Reduzir o consumo de combustíveis fósseis
  • Melhorar a eficiência energética
  • Melhorar a eficiência social do espaço urbano

Ações de promoção da competitividade econômica

  • Melhorar a regularidade dos deslocamentos de todos os modais
  • Diminuir os congestionamentos e reduzir os custos socioeconômicos
  • Melhorar a qualidade dos deslocamentos
  • Melhorar os sistemas de distribuição de mercadorias
  • Melhorar a mobilidade em geral

Ações de promoção da mobilidade saudável

  • Melhorar o bem estar físico e psicológico da população
  • Fomentar a mobilidade a pé e em Bicicleta
  • Contribuir para a socialização

Ações de promoção da mobilidade universal

  • Garantir equanimidade da utilização do espaço público entre os vários meios de transporte e sistemas de locomoção
  • Envolver os agentes públicos no desenho do espaço público
  • Melhorar a gestão do espaço público
  • Garantir a mobilidade para os que não dispõem de veículos motorizados (ou CNH)
  • Melhorar o transporte público (custos, acessibilidade, conforto, pontualidade, tarifa, segurança)
  • Garantir a segurança dos deslocamentos de pessoas com mobilidade reduzida

Ações de promoção da mobilidade segura

  • Reduzir o número e a gravidade dos acidentes
  • Diminuir a acidentalidade entre grupos de risco
  • Melhorar a assistência às vítimas
  • Implantar um Sistema Seguro

Mortes no Trânsito de Brasília Caíram 68%

Agência Brasília – O número de mortos no trânsito do Distrito Federal teve redução de 68,75% em maio deste ano em relação ao mesmo mês de 2016. Do dia 1º até o dia 28, foram 15 vítimas fatais — 33 a menos comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram 48.

O dado foi apresentado nesta quarta-feira (31), no Salão Nobre do Palácio do Buriti, na cerimônia de encerramento do movimento Maio Amarelo na capital federal.

Desde o início do ano, a redução foi de 73 mortes em comparação ao mesmo período do ano passado. “Nesses cinco primeiros meses, acumulamos os melhores indicadores de toda a história do trânsito no Distrito Federal”, ressaltou o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg.

De acordo com o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), de janeiro a maio deste ano, foram 89 mortes no trânsito, contra 162 no mesmo intervalo de tempo em 2016.

Rollemberg destacou a ação conjunta dos órgãos de governo e também o apoio da sociedade como fundamentais para o resultado. Ele acredita que é preciso aliar ações educativas — de fiscalização e de punição — com a participação da população no sentido de ampliar a consciência no trânsito.

“Estamos muito felizes com a queda desses indicadores, mas não satisfeitos com os números. Queremos uma redução maior, para que Brasília possa ser cada vez mais uma referência nacional de paz no trânsito”, disse o chefe do Executivo.

O diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), Henrique Luduvice, reforçou que os acidentes de trânsito não podem ser tratados de forma natural. “A sociedade precisa cada vez mais incorporar o programa e os princípios da paz e da cidadania, e o Maio Amarelo trouxe justamente isso”, disse.

Nesta manhã, também foram lançados os livros A Arte de Ensinar a Dirigir, de David Duarte Lima, e Guia do Instrutor e Educação para o Trânsito no Ensino Médio, volumes I, II e III, de David Duarte Lima e Juciara Rodrigues.

As publicações foram patrocinadas pelo DER-DF, com verba de arrecadação de multas.

Presente de grego

“Carro fica 10% mais barato a partir de hoje”. A notícia parece boa, mas é na verdade um presente de grego.

Incapaz de dar solução sustentável para os problemas da mobilidade urbana, o Governo Federal aposta na pior das opções: o carro. O sistema de transporte – esse monumento à negligência com a população -, é deficiente em todas as cidades brasileiras e precário na maioria delas.

Faltam ao sistema pontualidade, segurança, conforto, frequência, acessibilidade, tarifa justa e competitiva com os outros modos de transporte. Corolário: todos querem fugir dos ônibus, que seja para um carrinho velho, caindo aos pedaços, ou uma motocicleta, mesmo que isso signifique riscos no trânsito. Com a redução de impostos e aumento da oferta de crédito, o governo dá mais um empurrão para a solução individual de transporte nesse “salve-se que puder”.

O Governo Federal errou em cheio. Primeiro porque dá um tiro no próprio pé. Ele abrirá mão de uma soma considerável de impostos, segundo apurou o Correio Braziliense, algo da ordem de 2,7 bilhões de reais. Obviamente as áreas de Saúde, Educação e Segurança, que não andam bem, poderiam se beneficiar com esses recursos.

Segundo porque impõe à sociedade um aumento de custos sociais, econômicos e ambientais decorrentes da mobilidade que poderiam ser evitados. Os itens da fatura virão em forma de poluição, congestionamentos, desastres de trânsito e a consequente conta no hospital, demanda por mais viadutos, estacionamentos, sinalização, alargamento de ruas e avenidas. As já escassas áreas verdes terão de dar passagem aos novos carros, senhores do espaço público. Os pedestres ficarão ainda mais espremidos nas calçadas e para atravessar uma rua terão de enfrentar uma frota de veículos mais densa, mais compacta e ainda mais agressiva.

Em terceiro lugar, quem vai pagar pelo equívoco do governo será a “nova classe média”. Parece que ela será a vítima preferencial, que por ter o privilégio de escapar dos ônibus superlotados, inseguros, caros e sem pontualidade, trocará o aperto da viagem pelo aperto financeiro. O carro custará o financiamento do banco, o IPVA, o seguro obrigatório, a gasolina, a troca de óleo, as manutenções. Breve o novo cidadão motorizado descobrirá que excedeu a velocidade em algum momento ou estacionou em local proibido. O valor da multa será uma punhalada no orçamento familiar. Silenciosamente, os pneus custam cerca de três míseros centavos por quilômetro, mas chegará o dia de pagar a conta. E acumulada. Nesse momento ele entenderá o que significa depreciação: o valor do seu carro não é mais o mesmo e a diferença ele deverá contabilizar como prejuízo. Como a sua excelência automóvel não aceita dormir na rua, reivindicará o maior quarto da casa, e com um nome especial: garagem. Provavelmente esse brasileiro ainda não fez as contas, mas gastará cerca de mil reais por mês com a mobilidade, cinco vezes mais que antes. Ou seja, o governo, que deveria investir em transporte público para a população, transferiu a conta para o bolso do cidadão.

Por ser um veículo não poluente, barato, eficiente, que não ameaça os outros e ainda melhora a saúde de quem o utiliza, dos 18 bilhões de reais que serão liberados pelo BNDES para a “mobilidade”, a bicicleta receberá um gigantesco nada. Ao lado dos pedestres, os ciclistas continuarão acuados em um espaço cada vez mais exíguo. Quem anda a pé, de bicicleta ou transporte público no Brasil não merece investimentos, consideração nem respeito.

Em resumo, as novas medidas de incentivo à compra de carros representam perdas para o governo, para a sociedade e para o cidadão. Porém, sabemos todos, que onde há perdedores, há ganhadores. As montadoras que venderão os carros estão felizes e os bancos quer farão os financiamentos mais ainda. E torcem para a deterioração do já o precário sistema de transporte público. É a turma do quanto pior, melhor. Agora com patrocínio governamental.